No dicionário: “Apostila: 1-
Comentário que se põe na margem de um livro ou manuscrito. 2-
Recomendação à margem de um requerimento. 3- Resumo de lições.” O uso de
apostilas escolares vem de um passado no qual os estudantes enfrentavam
dificuldades para encontrar e comprar livros, elas eram frutos de
cópias, resumos e cortes em textos dos mesmos.
A Prefeitura de Uberaba entrou em uma
aventura: decidiu comprar estes materiais de qualidade questionável,
senão condenável, de uma escola particular da cidade. Pior, o fez sem
licitação, ou seja, sem concorrência de preços e qualificação.
Custo: R$ 12.513.000,00, por 84.930
apostilas, ou ainda R$ 73,60 cada uma delas. As poucas que chegaram até
agora às mãos dos estudantes tem erros de português, de digitação,
partes sem nexo, problemas gráficos e não se adequam à realidade social,
econômica e à maturidade intelectual dos alunos.
Ao optar pelas apostilas o Município
relegou a um cantinho das pequenas bibliotecas escolares os livros
novinhos enviados pelo Governo Federal no fim do ano passado.
Desperdício de qualidade e dinheiro público.
Salas de aulas lotadas, professores mal
remunerados, escolas mendigando ampliação, ensino integral deficiente,
falta de especialistas como psicólogos, merenda escolar terceirizada,
educadores contratados sem concurso público, computadores quebrados,
porém apostilas caras na mão e livros no chão.
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